- Por DANIELA MARTINS
04/4 - QUARENTENA, DIA 20. Eu sempre gostei de cuidar da comida aqui em casa, mas a refeição que fazíamos juntos era apenas o jantar. As crianças lanchavam e almoçavam na escola. Agora, já acordo pensando no cardápio do dia.
A louça vai se amontoando. A sorte é que eu gosto de lavar, são meus momentos diários de meditação ativa. Ganhei do meu namorado um rodinho de pia mágico que é uma delícia de usar. Os presentes da quarentena... Todas as coisas práticas ganham destaque e se tornam objetos de desejo. Tenho entendido o hábito japonês de conversar com os objetos e agradecer a eles pela funcionalidade.
Minha filha avisou que é um saco ter que viver um momento histórico. Os três filhos estão mais unidos, conversando animadamente. Que bom que são três e que podem se fazer companhia no confinamento.
Como estará a cabeça das crianças e dos jovens? Eles são motores cheios de energia, precisam de futuro, precisam de encontros e trocas, querem sonhar. E parece que batemos num muro enorme. Não conseguimos seguir viagem e nem mesmo ver o caminho à nossa frente. Quanto tempo vai durar a pandemia? Como será a vida depois dela? Se é difícil para os adultos, é ainda mais aflitivo para os mais novos.
Morreram 73 pessoas de ontem pra hoje no Brasil. Um número que vai aumentando e nos trazendo um medo enorme. O Ministério da Saúde prevê que SP, RJ, CE, AM e DF entrem em estado de aceleração descontrolada da doença.
Eu não consegui dormir antes das 4h30 da madrugada. Fiz uma travessa de arroz de forno para acalmar a mente. Experimente fazer a base de refogado francês - cebola, aipo e cenoura ralada - em momentos de ansiedade, o aroma acalma na hora.
Os países lutam por insumos médicos e questionam os acordos de exportação de bens e alimentos. Nosso ministro da Educação acha que o momento é bom para fazer galhofa contra o povo chinês. O nível de irresponsabilidade e grosseria dos nossos governantes atuais é impensável.
O cair da noite trouxe uma brisa fresca a São Paulo. Espero que hoje eu consiga dormir.
Como faz falta a normalidade de tudo!
04/4 - QUARENTENA, DIA 20. Eu sempre gostei de cuidar da comida aqui em casa, mas a refeição que fazíamos juntos era apenas o jantar. As crianças lanchavam e almoçavam na escola. Agora, já acordo pensando no cardápio do dia.
A louça vai se amontoando. A sorte é que eu gosto de lavar, são meus momentos diários de meditação ativa. Ganhei do meu namorado um rodinho de pia mágico que é uma delícia de usar. Os presentes da quarentena... Todas as coisas práticas ganham destaque e se tornam objetos de desejo. Tenho entendido o hábito japonês de conversar com os objetos e agradecer a eles pela funcionalidade.
Minha filha avisou que é um saco ter que viver um momento histórico. Os três filhos estão mais unidos, conversando animadamente. Que bom que são três e que podem se fazer companhia no confinamento.
Como estará a cabeça das crianças e dos jovens? Eles são motores cheios de energia, precisam de futuro, precisam de encontros e trocas, querem sonhar. E parece que batemos num muro enorme. Não conseguimos seguir viagem e nem mesmo ver o caminho à nossa frente. Quanto tempo vai durar a pandemia? Como será a vida depois dela? Se é difícil para os adultos, é ainda mais aflitivo para os mais novos.
Morreram 73 pessoas de ontem pra hoje no Brasil. Um número que vai aumentando e nos trazendo um medo enorme. O Ministério da Saúde prevê que SP, RJ, CE, AM e DF entrem em estado de aceleração descontrolada da doença.
Eu não consegui dormir antes das 4h30 da madrugada. Fiz uma travessa de arroz de forno para acalmar a mente. Experimente fazer a base de refogado francês - cebola, aipo e cenoura ralada - em momentos de ansiedade, o aroma acalma na hora.
Os países lutam por insumos médicos e questionam os acordos de exportação de bens e alimentos. Nosso ministro da Educação acha que o momento é bom para fazer galhofa contra o povo chinês. O nível de irresponsabilidade e grosseria dos nossos governantes atuais é impensável.
O cair da noite trouxe uma brisa fresca a São Paulo. Espero que hoje eu consiga dormir.
Como faz falta a normalidade de tudo!
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