Por DANIELA MARTINS
19/4 - QUARENTENA, DIA 35. Vou começar pelo saldo de vítimas fatais da pandemia. Até agora, foram 100 mil mortos na Europa, 40 mil nos Estados Unidos e mais de mil em São Paulo.
E o presidente do Brasil achou por bem fazer um discurso alucinado e irresponsável para um amontoado de apoiadores ainda mais alucinados e irresponsáveis.
Hoje é Dia do Exército, e Bolsonaro abusou da simbologia de um evento que deveria estar bem morto e bem enterrado em um regime democrático, a ditadura militar.
Pois ele, presidente eleito, subiu em um carro, na frente do Quartel General de Brasília, para vomitar suas palavras de ódio e incitar a população contra as instituições democráticas.
“Agora é o povo no poder. Mais que direito, vocês têm a obrigação de lutar pelo país de vocês. Todos no Brasil têm que entender que estão submissos à vontade do povo brasileiro", vociferou, e afirmou que não vai negociar nada, em claro confronto aberto com o Parlamento.
A boiada, enrolada em bandeiras, aplaudia e gritava por intervenção militar e por um novo AI-5.
É vergonhoso que as Forças Armadas do país se sintam representadas por esse idiota e, pior, que deixem transparecer todo o seu desprezo e falta de respeito pela democracia apoiando e sustentando esse desgoverno.
Ninguém aprendeu nada no Brasil. É o resultado de não termos passado nossa história a limpo e punido os responsáveis pelas atrocidades e ilegalidades cometidas pelo Estado. Hoje, é isso aí que temos.
A cada vez que um ignorante fala que houve uma ”revolução militar” e não um golpe, que outro pede “intervenção militar constitucional” ou que a turba grita por uma nova edição do Ato Institucional Número 5, dizem que morre uma fada. E um demônio toma conta do país, babando palavras de ódio, tossindo nos outros, transformando Weintraubs abjetos em ministros.
Melhor faz a gata Coisinha, que toma sol na varanda, alheia ao noticiário político.
Hoje eu tive enxaqueca o dia todo. É uma herança que recebi de minha avó e de minha mãe e que passei para os meus três filhos. Mesmo sabendo disso, tive certeza de que era a Covid-19 que tinha chegado. Estou bem agora, mas é cada susto que a gente leva nesse confinamento...
19/4 - QUARENTENA, DIA 35. Vou começar pelo saldo de vítimas fatais da pandemia. Até agora, foram 100 mil mortos na Europa, 40 mil nos Estados Unidos e mais de mil em São Paulo.
E o presidente do Brasil achou por bem fazer um discurso alucinado e irresponsável para um amontoado de apoiadores ainda mais alucinados e irresponsáveis.
Hoje é Dia do Exército, e Bolsonaro abusou da simbologia de um evento que deveria estar bem morto e bem enterrado em um regime democrático, a ditadura militar.
Pois ele, presidente eleito, subiu em um carro, na frente do Quartel General de Brasília, para vomitar suas palavras de ódio e incitar a população contra as instituições democráticas.
“Agora é o povo no poder. Mais que direito, vocês têm a obrigação de lutar pelo país de vocês. Todos no Brasil têm que entender que estão submissos à vontade do povo brasileiro", vociferou, e afirmou que não vai negociar nada, em claro confronto aberto com o Parlamento.
A boiada, enrolada em bandeiras, aplaudia e gritava por intervenção militar e por um novo AI-5.
É vergonhoso que as Forças Armadas do país se sintam representadas por esse idiota e, pior, que deixem transparecer todo o seu desprezo e falta de respeito pela democracia apoiando e sustentando esse desgoverno.
Ninguém aprendeu nada no Brasil. É o resultado de não termos passado nossa história a limpo e punido os responsáveis pelas atrocidades e ilegalidades cometidas pelo Estado. Hoje, é isso aí que temos.
A cada vez que um ignorante fala que houve uma ”revolução militar” e não um golpe, que outro pede “intervenção militar constitucional” ou que a turba grita por uma nova edição do Ato Institucional Número 5, dizem que morre uma fada. E um demônio toma conta do país, babando palavras de ódio, tossindo nos outros, transformando Weintraubs abjetos em ministros.
Melhor faz a gata Coisinha, que toma sol na varanda, alheia ao noticiário político.
Hoje eu tive enxaqueca o dia todo. É uma herança que recebi de minha avó e de minha mãe e que passei para os meus três filhos. Mesmo sabendo disso, tive certeza de que era a Covid-19 que tinha chegado. Estou bem agora, mas é cada susto que a gente leva nesse confinamento...
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